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a world in a grain of sand

um mundo num grão de areia

a world in a grain of sand

um mundo num grão de areia

Pensamento do dia #15

Sofia
03
Jul25

No outro dia usei num poema uma expressão com borboletas e dei comigo a pensar sobre a expressão borboletas na barriga.

A pessoa que se lembrou de dizer que estar apaixonado é ter borboletas na barriga deve ter andado a beber e viu/sentiu aquilo um pouco ao lado.

Tenho cá para mim que estar apaixonado é ter borboletas a esvoaçar no peito. Mas isso sou eu que sou um John Snow desta vida.

Eu sei, eu sei, a barriga é onde estão o estômago e os intestinos, e os intestinos são um segundo cérebro... Contudo, convenhamos, nunca vi ninguém dizer abertamente que está todo cagado de amor. Vemos, porém, gente que diz que lhe dói o peito de tanto amar ou histórias de quem sofre literalmente do coração por amor.

Lençóis de água

Sofia
30
Jun25

Esta coisa de estar de baixa por causa do joelho está a trazer ao de cima coisas antigas. Por um lado uma grande vontade de escrever, por outro uma enorme parvoíce que me faz rir de coisas parvas ou fazer piadas idiotas.

Ora, estava o namorado a tirar a roupa do estendal para estender mais e comenta "Será que o lençol já está seco?" Nisto, a minha parvoíce veio ao de cima sem qualquer aviso e eu digo "Claro que está seco. Com este calor tem de estar seco, a não ser que seja um lençol de água."

 

Vou ali enfiar a cabeça na areia...

Pensamento do Dia #10

Sofia
31
Jul21

Não sei se me quero casar num vestido comprido até aos pés ou até num típico vestido de noiva branco. Não acho piada à ideia da noiva se andar a preocupar com a escolha de um par de sapatos para depois andarem escondidos por baixo do vestido... Por outro lado, chateia-me um pouco pensar em comprar um vestido para só o usar no meu casamento. É verdade que já me aconteceu comprar um vestido que só usei uma vez e que isso nem me chateou. Há amores assim, à primeira vista. Chateou-me mais quando no auge da minha adolescência decidi comprar um vestido de veludo preto e roxo de estilo medieval e fiquei muito infeliz quando percebi que a minha escolha arrojada não seria apropriada para o dia-a-dia. Por muita coragem que tivesse para ir para a escola de botas de biqueira de aço e pulseiras com picos e correntes, não tinha coragem para usar o vestido... Usei-o duas vezes. Era Carnaval. Segundo a minha mãe, cheguei a casa chateada e disse que ninguém me percebida porque julgavam que aquilo era uma máscara. Os dramas dos adolescentes! Agora subi de nível, já estou no nível dos dramas das noivas. Já ouvi dizer que a escolha do vestido também funciona como uma espécie de amor à primeira vista, mas há uma parte de mim que não está a aceitar bem a ideia de vir a ter o meu vestido de casamento guardado com muita estima no meu guarda-vestidos. Conhecendo-me como me conheço, se gostar assim tanto do vestido, vou querer usá-lo até à exaustão, até que vire um lindo farrapo para o qual vou olhar e pensar "Fizeste-me muito feliz! Tenho tantas memórias! Foram tantos dias especiais em que estiveste presente! Vais ser sempre recordado como O vestido! Um de muitos, é certo, mas fazes parte dos eleitos que escolhi para me acompanharem em grandes momentos."

Brincar ao desassossego

Sofia
03
Jan21

Tenho de desabafar sobre este assunto... Não é bom cantar músicas quando estamos com demasiada energia e alegria dentro de nós... Além de perdermos a noção do volume, há uma grande probabilidade de se trocarem as letras... Por exemplo, ao cantar a "Bellevue" dos GNR, pode sair algo como "era só para brincar ao desassossego" em vez de "era só para brincar ao cinema negro". E vá-se lá perceber a escolha musical que, efectivamente, não combina com o estado da coisa...

( Bernardo Soares likes this post.)

 

P.S.: Peço desculpa se o título vos desiludiu e esperavam algo mais profundo. 

 

A minha vida é como se me batessem com ela.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego

Pensamento do Dia #9

Sofia
20
Dez20

Sinto-me perdida no tempo. Acho que isto é tudo mentira e estou num sonho qualquer há não sei quanto tempo... Como é possível estar a chegar o Natal se eu nem celebrei os Santos Populares?

Talvez seja por este vazio emocional e falta das melhores noites do ano que dou comigo a ouvir o "Cheira a Lisboa" e "O Cochicho" em plena época natalícia...

É por estas e por outras que dizem que o pessoal que lidou com o vírus pode ter problemas na cabeça... Enquanto for só isto estou bem...

De qualquer modo, aproxima-se a passagem de ano. Apesar das diferenças porque habitualmente fico sempre por casa na passagem de ano, há sempre muita música e copos à mistura*, por isso talvez dê para me situar no tempo.

 

* Copos q.b., porque comigo até a água tem efeitos especiais... Tão especiais que a minha irmã e o meu namorado fazem questão de recordar nos almoços ou jantares de família que sou uma espécie de Jesus Cristo porque, aparentemente, também pratico a transubstanciação e transformo a água em vinho, só que internamente... (E sim, eles dizem mesmo isto... Esta ideia não é minha.)