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a world in a grain of sand

um mundo num grão de areia

a world in a grain of sand

um mundo num grão de areia

Dançar na Corda Bamba

Sofia
01
Nov24

Não me esqueci de que tenho um blog. Simplesmente não tenho tido muita vontade e paciência para aqui escrever.

Acabo por ir lendo o que se vai escrevendo por estes lados, mas opto por ficar no meu canto, em silêncio. Às vezes é preciso isso mesmo. Ficar em silêncio e ouvir apenas os nossos pensamentos. Continuo a achar que vivemos num tempo cheio de pressa, barulho e confusão. Eu própria tento viver ao máximo e aproveitar tudo e dou comigo, algumas vezes, a precisar de parar e descansar. Chegada a casa, tento abstrair-me disso e aproveitar o meu sossego na companhia das minhas gatas e do meu companheiro de vida.

As notícias entram-nos em casa pelos ecrãs. Do televisor. Dos telemóveis. Outras vezes, entram-nos pelas palavras que se ouvem na rádio. A maioria das vezes, trazem consigo a confusão dos dias em que vivemos. Não dá para evitar tudo o que nos aflige, porque fazemos parte de um mundo cada vez mais ligado entre si. Podemos, contudo, dosear a nossa exposição ao que nos aflige. Já diziam os Clã, dançar na corda bamba.

Hoje senti vontade de aqui voltar, de deixar pelo menos umas palavras. Porque o silêncio não pode ser eterno. Porque o silêncio só é bom se nos fizer ir mais além, se for uma semente em crescimento que desabrocha com palavras amadurecidas pelo tempo.

Talvez cá volte para partilhar as coisas boas que vão aparecendo. As más nunca gostei de partilhar. Todos nós vivemos experiências más individuais e colectivas. Gosto de aproveitar este espaço para alguma instropecção intrometida, mas intrometer-me nas vossas vidas como uma folha de Outono que cai de uma árvore - com alguma beleza, um pouco sem jeito, mas leve, sem grandes tristezas ou alegrias exacerbadas. Às vezes deixo-me levar pelas emoções mais fortes, mas também é preciso.

Este ano tem sido recheado de emoções. Alguns concertos e livros que me encheram a alma. Uma viagem mal planeada que renovou o meu entusiasmo por conhecer coisas novas e praticar línguas estrangeiras. Um trabalho que se mantém mas que me tem permitido crescer. (Omiti as coisas más, como já se percebeu. Felizmente, não são muitas e, comparando com tudo o que se vai passando no mundo, não são nada.)

 

Clã - Dançar na Corda Bamba

Vou por aí a procurar

Sofia
22
Jan22

Não apareceia por aqui desde o ano passado, por isso quero desejar-vos um Feliz 2022! 

Espero que esteja ano nos traga a todos mudanças para melhor e que nos permita crescer. Quanto a mim, espero encontrar-me, porque perdi-me algures no tempo.

 

Cartola - Preciso Me Encontrar

 

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar

 

Quero assistir ao Sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver

 

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar

 

Quero assistir ao Sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver

 

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

 

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar

o primeiro

Sofia
12
Mai21

Cat Stevens - Wild World

 

Hoje apetece-me partilhar o Gato Esteves, como diz o meu pai às vezes em conversa.

Lembrei-me de um texto que tinha escrito há já alguns anos e depois de outros textos que escrevi depois mas que já nem me lembrava de os ter juntado ao primeiro. Na minha cabeça há toda uma história... A história da Rita, do Samuel, do irmão do Samuel, o Tomás, que ainda nem existe no papel... Não é uma grande história, se calhar não é nada, mas são ideias que guardo na esperança de ter tempo, paciência, vontade de escrever, o que quer que seja que acho que não tenho ainda.

Algures, em 2016, escrevi um pequeno texto e colei-o a outros que já tinha escrito no ano anterior porque na minha cabeça fazia sentido. Não é nada de importante, não fosse o documento chamar-se "o primeiro". Foi a primeira vez que criei e dei nome a uma personagem. Depois dei nome à segunda. Acho que ainda estou assustada. Ao mesmo tempo, olho para os textos e penso "Isto é tudo uma grande c*gada!" Ainda assim, para mim, há música naquelas pouquíssimas páginas com textos experimentais, nem que seja apenas quando o Gato Esteves vem à baila ou quando sabemos que temos a lindíssima voz da Ella ao fundo a cantar "Night and day, you are the one."

Despeço-me com as minhas palavras de 2016, enquanto não encontro as de 2021:

Coloco os fones nos ouvidos para me perder melhor na realidade. Baby, baby it’s a wild world… Se eu me perder, peço que me encontrem só depois das doze badaladas.

Gramofone #10

Sofia
28
Jan21

Buika feat. Jason Mraz - Carry your own weight

 

Ouvi-a hoje na rádio e gostei imenso.

As vozes não me eram desconhecidas, mas não ouvi a parte em que anunciam a música e autores. Ouvi a música e gostei muito dela e achei que as palavras eram as certas para o meu dia. Fui procurá-la pela letra e foi fácil descobri-la.

(Há uns anos tocava algumas vezes no meu MP3 a No habrá nadie en el mundo da Buika. Era daí que conhecia uma das vozes. Não sei porquê nunca mais ouvi nada mais desta cantora. Acabo sempre com vontade de conhecer imensas coisas, mas algumas acabam por ficar em segundo plano no meio da azáfama do dia-a-dia. Estou a aproveitar o modo aleatório do Spotify na página da Buika. Bem preciso da energia que a música nos dá.)