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a world in a grain of sand

um mundo num grão de areia

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Um poema para cada mês - Agosto 2021

Sofia
28
Jan21

Pensava que iria publicar isto ontem, mas o computador trocou-me as voltas e dei comigo irritada a tentar fazer o Teams funcionar... Vá-se lá saber porquê começo a abrir e fechar e, mesmo depois de o instalar, deixou de abrir... Aquele eterno loading... O problema ficou meio resolvido, porque consigo utilizá-lo online para trabalhar, mas continuo chateada com o Teams, o meu computador ou qualquer outra coisa que seja culpada.  Vou ficar cheia de rugas por coisas parvas!

Já mais calma, venho partilhar aquilo que prometi: um poema sobre o mar.   Não sei como será o próximo Verão. Espero que, apesar de tudo, possa ser melhor que o anterior. Se não pudermos desfrutar da praia, então que nos seja possível deliciarmo-nos com paisagens escritas.

Tenho um carinho enorme por esta antologia de poemas (Mar). Foi o primeiro livro de poesia que comprei. A verdade é que não sabia bem o que estava a comprar, mas senti uma vontade enorme de ter este livro e achei que, mesmo que nem tudo fizesse logo sentido, mais tarde as coisas iriam mudar e eu ia pegar naquele livro e lê-lo de outro modo e ficar muito feliz por o ter comprado. Comprei-o numa espécie de mini feira do livro na biblioteca da escola. Penso que estava no 5.º ano, no máximo no 6.º. Olhei para a capa (de que gosto muito - um verde marinho com ondas ao fundo) e vi que era um livro da Sophia de Mello Breyner. Só conhecia os contos que tinha lido na escola primária. Como gostei muito de tudo o que li da Sophia e quando era mais nova gostava muito de ler poemas no livro Novíssimas Flores Para Crianças, achei que seria uma boa escolha. E foi. Foi o primeiro livro de poesia que comprei.

 

Mar

 

De todos os cantos do mundo

Amo com um amor mais forte e mais profundo

Aquela praia extasiada e nua,

Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

Memórias de uma noite de Verão no Loch Ness

Sofia
13
Ago20

Há músicas que nos transportam para outros espaços onde estivemos no passado. Comigo, a This is the life da Amy Macdonald que estava a tocar hoje na rádio transporta-me sempre para uma estrada algures na Escócia. Não a consigo localizar porque era noite cerrada, já passava da uma da manhã. Estava tudo escuro e a única luz eram as estrelas no céu e os nossos telemóveis que serviam de lanternas. Há nossa volta havia silêncio e só se ouvia o nosso barulho, o barulho de caminhar, as nossas conversas e, entretanto, as minhas colegas a cantarem a This is the life acompanhadas da música que saía do telemóvel. Cantavam tão bem! Na altura não sabia que pertenciam a um coro na Croácia, mas não deixaria de ser impressionante se soubesse. Fico sempre fascinada com os dons dos outros e feliz por poder assistir a algo que me desperta os sentidos. Não me posso considerar uma pessoa religiosa, ainda que acredite que existe algo mais, porque "life happens"  e o espírito crítico também, mas fui educada na religião católica e lembro-me, às vezes, da parábola dos talentos. Não gosto do seu tom ligeiramente severo e punitivo, mas concordo com a ideia de que devemos dar uso aos nossos dons, ao que temos.

Loch Ness, Escócia, Agosto de 2012

Fotografia tirada pela Nina K., uma das pessoas fantásticas que pude conhecer na Escócia.

 

Esta noite de Verão na Escócia parece-me sempre saída de um filme. O Loch Ness, uma fogueira, as estrelas, algumas latas de sidra, a música a tocar... Sobre a música, só me lembro de quando tocou Led Zeppelin, porque é uma das minhas bandas favoritas e porque acabámos a comentar a casa que o Jimmy Page teve naquela zona. No final, a família inglesa que nos tinha convidado a ir ver as estrelas despiu-se e mergulhou no Loch Ness. Não esperávamos o súbito desfecho e, apesar da mente aberta, não os decidimos acompanhar apesar do convite.

Regressámos entretanto para o hostel. Saltámos uma cerca por onde tínhamos antes passado mas que não me lembro de lá estar, se calhar porque o caminho não estava fechado na altura. Seguimos estrada fora sem que um único carro passasse por nós. Assustámo-nos um pouco com o barulho das ovelhas que acordámos com a nossa passagem e pensámos que estávamos a viver uma cena de um filme, esperando que não fosse um filme de terror onde um grupo de estudantes é encontrado no meio do nada por alguém menos bem intencionado e que pode até ser um assassino. Correu tudo bem e o caminho até ao hostel proporcionou-me um bom momento de contemplação. Para quem nunca se sentiu no meio de nenhures, é difícil descrever a sensação. Sentimo-nos libertos e no centro do mundo. Somos nós e o universo. Sentimos que o mundo é belo e que há tanto por descobrir.

Tive sorte em participar duas semanas num Erasmus de Verão. Conheci pessoas fantásticas. Aprendi mais sobre outros países e culturas. Aprendi mais sobre mim. Estudei coisas bastante interessantes. Vi das paisagens mais belas da minha vida, talvez até mais belas do que as que vi no Japão (e ir ao Japão era a minha viagem de sonho)! Os dias eram longos, mas não se sentia o tipo de cansaço que se sente habitualmente no dia-a-dia. Acordávamos cedo para ir para as aulas e ao final do dia aproveitávamos a sala comum para apresentações temáticas sobre os nossos países e para falarmos uns com os outros. Fui tudo tão intenso!

Desafio as melhores férias

Sofia
01
Ago20

Fui desafiada pela @anadedeus para o desafio as melhores férias. Confesso que foi um desafio um pouco problemático para mim. Por um lado, é-me imensamente difícil escolher os melhores momentos e, consequentemente, as melhores férias. Por outro lado, "escrevo pelos cotovelos" (já a falar é quase o oposto) e tive de me cingir a 100 palavras.

Depois de recordar muitas coisas, houve umas férias que se destacaram e cheguei à conclusão de que foram as minhas melhores férias até hoje.  Foram umas férias simples, mas senti-me verdadeiramente de férias e foram um marco para mim e para o meu namorado.

 

Praia do Pedrogão, Agosto de 2011

Praia do Pedrogão, Agosto de 2011

Foto: Ana Sofia Alves

 

Éramos dois miúdos quando decidimos passar férias na Praia do Pedrogão. Foram dias de total relaxamento temperados inicialmente com chuviscos e nuvens. Depois veio o sol e a água do mar. Foi a primeira vez que passámos férias juntos sem ser em casa de familiares. Estreámos a nossa tenda e fizemos dela a nossa casinha. Passeámos, fizemos praia e adorámos (apesar de não sermos grandes adeptos), jantámos fora no nosso dia e divertimo-nos imenso nas tarefas do dia-a-dia, como cozinhar e lavar roupa. Fomos juntos ao nosso primeiro bailarico e terminámos aquela noite a ver um maravilhoso fogo-de-artifício na praia.

Mojito de maracujá

Sofia
12
Jul20

O calor pede destes coisas...

O maracujá deve ser a minha fruta favorita e o rum dá um toque especial aos dias de calor. Numa outra vida devo ter sido pirata, porque gosto mesmo de cocktails com rum.

 

 

MOJITO DE MARACUJÁ

Ingredientes (para 1 dose)

  • 50 mL de rum branco
  • 1-3 colheres de chá de açúcar
  • 1/2 lima
  • 6-10 folhas de hortelã + 1 raminho para decorar
  • 1 maracujá (ou meio, se quiserem usar 1 maracujá para 2 doses)
  • água com gás
  • gelo

 

Preparação

  1. Batem-se as folhas de hortelã com as palmas das mãos para libertar o aroma.
  2. Num copo alto, coloca-se a hortelã, espreme-se o sumo da lima, junta-se o açúcar e esmaga-se tudo com um pilão.
  3. Juntam-se o rum e alguns cubos de gelo e, depois, a água com gás.
  4. Acrescentam-se a polpa e sementes do maracujá e mistura-se tudo com uma colher de mistura.
  5. Por fim, decora-se com um raminho de hortelã.